terça-feira, 11 de outubro de 2011

Principezinho

..E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
- Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me! ...
          Antoine de Saint Exuperry

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Alcool VS Abismo

Questiono-me muitas vezes como estará o meu figado daqui a uns anos, depois de levar com quantidades exurbitantes de alcool em cima nestes tempostão belos quão violentos de faculdade. A verdade é que eu e o alcool somos bons amigos, mas só até certo ponto, quem ler isto, neste momento já está a pensar que sou uma alcoólica, que ando sempre metida em tudo o que é tasca a enfrascar-me como se não houvesse amanhã, obviamente que não é nada disso, o que eu quero dizer é que numa ou outra saída gosto de beber, gosto da sensação de descontração e leveza que o álcool traz, o meu grande problema é que nao sei quando parar e quando dou por mim estou a dizer enormes disparates, a ser sincera de mais, a chorar se tiver numa noite mais sensivel, a rir-me sozinha para uma parede, a andar sem sapatos, coisas assim do género por isso é que eu e o alcool somos bons amigos ma só até um certo ponto, porque depois comeco a entrar no ABISMO e só digo besteiras (inclusivé passo a noite a falar brasileiro)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O que sinto é raiva, vontade de esmurar um ou duas pessoas , só para esta furia me passar. Estou magoada e completamente furiosa , mas principalmente magoada.